Onde nenhum homem jamais esteve – Jornada nas Estrelas
Onde nenhum homem jamais esteve
Em “Onde nenhum homem jamais esteve” aquelas pessoas estranhas saíram de nossa Enterprise e podemos finalmente começar a nossa viagem de 5 anos e ir onde nenhum homem jamais esteve com Kirk e Spock enfrentando dilemas morais e confrontos físicos com um “novo deus” que se forma quando eles atravessam os limites da galáxia.
Este episódio nos introduz uma das mensagens principais que Jornada nas Estrelas se propõe a passar. Nós não devemos cortar caminhos, devemos nos esforçar. Sempre que tentamos chegar mais rápido a adquirir um poder ou um conhecimento, sem termos a experiência necessária para administrar este recém adquirido poder, ele irá nos corromper. “O poder corrompe e o poder absoluto corrompe absolutamente“. Esta análise sobre a condição humana de percorrer o caminho difícil se juntará ao conceito sobre o que é realidade e o que é fantasia, que devemos a todo custo nos manter firmes na realidade nos dará talvez a maior ficção científica humanista de todos os tempos. Shatner incorporará isto em Kirk e por toda a sua carreira.
Podemos sentir também uma grande diferença entre o Capitão Kirk e seu antecessor Capitão Pike. Enquanto Pike estava com dúvidas sobre seu caminho de vida estar correto ou não, Kirk não poderia estar mais confortável na cadeira de comando. Pike se questionava estar cansado de “mandar homens para a morte e decidir quem vive… e quem morre“, Kirk está na fronteira! “Nós estamos saindo da Galáxia Sr. Kelso.” Diz isso com a forte certeza que está vivendo um momento histórico, e que ele é a pessoa certa para o trabalho.
Uma breve análise do Capitão Kirk
Kirk é apresentado, jogando xadrez. Um jogo de estratégia, e lógica. Ele joga contra Spock, o mais lógico de todos… E GANHA! Kirk é o estrategista, que mesmo em seu momento de descanso, sabe tudo que acontece dentro de sua nave. A relação dele com a Enterprise é algo a ser visto de perto e com olhos atentos.
Shatner tem tudo que precisa para brilhar. Um belo roteiro com discursos fortes onde ele pode mostrar o que faz de melhor. O que muitos chamam de “over acting“, eu considero ser muito auto consciente. Aqui podemos ver ele começando a construir seu método de atuação. Mas Shatner é preciso e logo no primeiro segundo que o vemos na pele de Kirk, ele tem o personagem sob controle. Tudo o que precisamos para entender Kirk, está naquela primeira cena com Spock. Ele é o tipo de ator que sabe o que tem que fazer, sabe como fazer e não tem medo de fazer. Realmente um prazer vê-lo interpretando.
Shatner nos presenteia também com o que virá a ser chamado de Kirk-Fu pelos fãs, em uma cena de luta contra um ser com poderes divinos. Ele rola, rasga a camisa e grita a plenos pulmões! Nos entrega tudo que foi prometido para a produtora. Um Western no Espaço!
Nosso Oficial de Ciências.
Aqui temos um Spock ainda não completamente desenvolvido por Nimoy mas já muito mais próximo de sua forma final que conhecemos mais para frente. Onde antes tínhamos um Spock que deixava vazar emoções agora o temos mais contido e mais frio.
Leonard Nimoy, ainda levará alguns episódios para realmente ter Spock na mão. Aquele Spock que todos conhecemos e amamos e é muito divertido ver o trabalho e o desenvolvimento deste que é um dos personagens mais icônicos da ficção científica e talvez da televisão mundial.
Spock transcende Star Trek de tal forma que mesmo os “não iniciados” e pessoas que não ligam para scifi reconhecem o rosto do personagem. Por diversas vezes vem frases como: “Ah, este é o inimigo do Darth Vader“, ou “É o cara de Star Wars“. Mas o ponto fica, e Spock é um personagem extremamente popular até fora dos grupos de fãs de Jornada.
Em “Onde nenhum homem jamais esteve“, temos o primeiro comentário sobre o passado do personagem que se tornará o rosto da franquia por gerações. Spock é um mestiço entre um Vulcano e uma Terráquea. O que possibilitará futuramente histórias interessantíssimas onde ele se questionará sobre qual lado é o mais forte. O Terráqueo ou o Vulcano?
O primeiro dos Camisas Vermelhas?
Aqui temos nossa primeira baixa da aventura: Lee Kelso, o primeiro tripulante a morrer na jornada, o pioneiro dos “Camisas Vermelhas“, morrendo antes mesmo das vermelhinhas serem instituídas!
Paul Carr, comentou que ele ficou muito triste de morrer logo de cara. Ele gostaria de ser um personagem regular na série, porque ele estava gostando de trabalhar no episódio. Roddenberry teria dito a ele que eles dariam um jeito de revivê-lo. Infelizmente isso nunca aconteceu mas a história foi feita e o primeiro passo da Jornada foi dado.
Aonde Nenhum Homem Jamais Esteve
Veja Todos os Episódios da Primeira Temporada de Jornada nas Estrelas
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Papo nas Estrelas – #002
Star Trek (Jornada nas Estrelas)- Where no man has gone before (Onde nenhum homem jamais esteve)
Validade de nossas opiniões: 10 segundos.
Data de Gravação: 02/11/2014
Inicialmente publicado em: 9 de Janeiro de 2018.
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