Ficção Científica Submarina
Ficção Científica Submarina
“No espaço ninguém pode ouvi-lo gritar”, certo? Mas você não precisa deixar a atmosfera para arriscar sua vida em um ambiente escuro e gelado: você pode simplesmente entrar no oceano, o ambiente mais inexplorado de nosso planeta, com até 750.000 espécies desconhecidas, muitas das quais provavelmente não são saborosas com um limãozinho, como nós somos para eles.
A Ficção Científica adora enfiar pessoas em minúsculas latas de metal e arremessá-las em ambientes onde tudo está tentando matá-las, então não é surpresa que algumas grandes obras de ficção científica ocorram em águas profundas, onde a exposição à pressão mata pessoas muito mais rápido do que a exposição ao vácuo do espaço.
E cumprindo seu dever, a Ficção Científica nos fornecem avisos semelhantes de que o que está sob o mar pode não ser o paraíso cantado por Sebastian com seus sotaques e gingados caribenhos para Ariel. Muitos das obras abaixo enfocam a psicologia de seus personagens mais do que a típica ficção científica. Isso pode ocorrer porque, em histórias subaquáticas de ficção científica, os protagonistas são geralmente mais isolados, já que não há novos planetas para chegar e passam muito tempo uns com os outros em sua pequena bolha de ar, brigando com seus companheiros e com os próprios demônios pessoais. Mas este não é o único padrão que podemos encontrar aqui.
O que podemos aprender sobre o oceano desde o início da ficção científica? Qual tecnologia foi inspirada nesta especulação oceânica? Vamos embarcar em uma jornada através de séculos de ficção científica sobre e sob o oceano. Uma jornada, você pode dizer 20.000 léguas submarinas, de míticas cidades afundadas como Atlântida, e tubarões mutantes no fundo do mar.
Aproveitando a oportunidade, vou substituir meu bordão de “vamos olhar mais de perto” para algo mais adequado ao tema. Então vamos mergulhar mais fundo…
- Qual a origem da Ficção Científica Submarina?
- A História da Cidade Perdida de Atlântida
- Filmes de Ficção Científica Submarina
- Livros de Ficção Científica Submarina
- Séries de TV de Ficção Científica Submarina
- Jogos de Ficção Científica Submarina
Qual a origem da Ficção Científica Submarina?
Antes de assumirmos que a primeira Ficção Científica a nos levar ao fundo do Oceano e nos mostrar a tecnologicamente avançada civilização de Atlântida, foi alguma obra de Jules Verne, vamos voltar um pouco mais. Uns 10.000 anos a mais.
O relato histórico mais antigo que temos de uma tecnologia avançada criada por humanos é sobre Atlântida. A História de Atlântida, embora tenha milhares de anos, pode ser talvez a primeira Ficção Científica já escrita! A Cidade Perdida de Atlântida, apareceu pela primeira vez nos escritos de Platão.
Platão relata que seu pai havia ouvido falar sobre essa avançada sociedade de Atlântida que havia sido perdida para os mares. A maneira como Platão conta, os Atlantes estavam por volta de 9000 aC. Enquanto as ideias modernas sobre Atlântida a retratam como uma utopia, a Atlântida de Platão era mais uma antítese de sua sociedade ideal. Era excessivamente dependente de seu poderio militar e sua riqueza. Platão escreveu ainda que se os Atlantes por um acaso fossem encontrados vivos e prosperando no mar, eles facilmente escravizariam a todos.
Qual é a história original da Cidade Perdida de Atlântida?
A Atlântida apareceu pela primeira vez no trabalho de Platão, Critias, e depois em Timaeus. Era uma sociedade rica com um grande exército, muito maior que seus inimigos em Atenas. Atlântida era uma ilha de círculos concêntricos, alternando entre terra e grandes fossos. Cada um desses círculos foi governado por um rei diferente. Platão descreveu essa ilha com detalhes tão minuciosos que os estudiosos, acreditam realmente que existiu.
Platão escreveu que Atlântida era tão bem-sucedida em combate, que ao longo das gerações eles se tornaram obcecados com o seu próprio poder, que os deuses queriam puni-los. Então, Zeus saudou os deuses em seu panteão, do qual todo o mundo podia ser visto. “E quando ele os chamou juntos, ele falou da seguinte maneira…”
É isso aí. É quando a história termina. Sério? Sério…
Então Platão é Ficção Científica?
Bom, a Ficção Científica geralmente trata de alguma tecnologia e a maneira que a sociedade responde a existência dela. A ficção científica imaginou aparelhos respiratórios submarinos, submersíveis de alta tecnologia, como em 20.000 léguas submarinas. O próprio Platão escreveu que a Atlântida era rica em Oricalco, um metal brilhante cuja preciosidade era como o ouro.
No livro “Encontre-me em Atlântida”[Meet Me in Atlantis], Mark Adams aponta que: Se a Atlântida fosse real na época em que Platão disse, o fato de a ilha deles ser feita de canais alternados seria um feito incrivelmente tecnológico. Como comparativo, veja que o Canal do Panamá foi uma façanha de engenharia e foi criado pelo menos 10.000 anos após Atlântida. O Canal do Panamá removeu 120 milhões de metros cúbicos de terra. Para comparação, para completar os canais da Atlântida descritos por Platão, pelo menos dez bilhões de metros cúbicos da Terra teriam que ser removidos.
A Localização de Atlântida
Os Oceanos costumavam ser maiores. Os oceanos se movem. Tsunamis, furacões, às vezes eles retrocedem como quando um vulcão cria mais massa de terra onde havia água. Platão nunca explicou como a Atlântida foi engolida pelas ondas. Poderia ter sido um terremoto que iniciou um grande tsunami. Alguns especuladores acreditam que Platão foi inspirado por um vulcão real que submergiu uma ilha chamada Thera, agora chamada Santorini na Grécia. Nos anos 60, os arqueólogos descobriram uma cidade enterrada durante três mil anos sob cinzas. Este vulcão supostamente causou um tsunami, o que reforçaria às ideias de Platão sobre a Atlântida.
Real ou não, a história da Atlântida conta a história de uma sociedade muito avançada do que seus inimigos e sua queda pode ser uma lição que Platão estava apontando. Histórias de impérios caídos há muito tempo são contos preventivos da história, como Roma, Tróia e El Dorado. Sociedades obcecadas com seu próprio poder, sua arrogância levando à sua morte. No caso de Atlântida, é especialmente irônico que eles usaram canais para comércio e proteção e serem afogados.
Filmes de Ficção Científica Submarina
20.000 Léguas Submarinas [20.000 Leagues Under the Sea] (1954)
No filme 20.000 Léguas Submarinas, Richard Fleischer fez uma adaptação maravilhosa do famoso romance de Júlio Verne. Este é um excelente filme de aventura contado com muito humor. Fleischer introduziu o humor em algumas sequências e especialmente em diálogos. Mas o filme também inclui um lado sádico. Este lado sádico é sintetizado pelo próprio Capitão Nemo. Você pode descrevê-lo como um homem despótico que tem rancor contra a terra que o fez sofrer. Além disso, ele se considera um tipo de governador do oceano. O romance de Jules Verne introduz uma reflexão sobre o homem e a extensão de seu poder graças à máquina (o Nautilus).
Claro, o filme é apoiado por um desempenho deslumbrante. James Mason é um inesquecível capitão Nemo. Quanto a Kirk Douglas, bem, ele disse uma vez: “Eu fiz uma carreira interpretando filhos da puta”. É provavelmente verdade se você estudar seu personagem de Ned Land. Mas em paralelo, Douglas faz seu personagem engraçado e simpático.
Mas tudo isso pode ficar ofuscado para um olhar mais distraído, devido a tamanha beleza que o filme nos proporciona. É um grande filme de aventura que pode ser visto pela família toda, tanto que este filme faz parte de nossa lista dos 11 Melhores Filmes de Ficção Científica para Crianças!
Capitão Nemo e a Cidade Flutuante [Capitain Nemo and the Underwater City] (1969)
Quando o capitão Nemo salva os passageiros de um navio afundando e os leva para sua cidade subaquática utópica, descobre que nem todos os seus hóspedes concordam em permanecer lá para sempre.
A sequência de “20.000 Léguas Submarinas” (a versão da Disney) e prólogo para a “Ilha Misteriosa” (versão de 1961), relacionando as novas aventuras do Capitão Nemo de Júlio Verne e sua comunidade de submarinos. A direção de James Hill se destaca em filmar a natureza e o filme ganha vida sempre que as pessoas interagem com animais, como um ataque de tubarão. As histórias de Jules Verne são sempre fascinantes e algumas das cenografias são belas e inspiradoras, como a piscina subaquática com crianças e pinguins brincando! Muito divertido de assistir como uma trilogia, já que a história se une de um filme para outro (apesar de diferentes produtores e estúdios!)
Monstros da Cidade Submarina [War-Gods of the Deep] (1965)
Situado na costa da Cornualha em 1903, o filme apresenta um grupo de pessoas descobrindo uma sociedade submarina de contrabandistas que nunca envelhecem em uma cidade submersa perdida junto com seus homens aquáticos escravos.
O que mais você poderia pedir: um belo e simpático herói, uma linda dama de honra, o ótimo alívio cômico, o magistralmente sinistro Vincent Price como o vilão, um mundo submarino cheio de cavernas misteriosas e traiçoeiras, monstruosos homens-marinhos e um vulcão próximo ameaçando destruição a qualquer momento. Essa é uma ótima sessão da tarde a meu ver. E se você puder abordar esse filme dessa maneira, permitindo a hora e o local em que foi feito para informar seu julgamento, a diversão é garantida!
Volta ao Mundo sob o Mar [Around the World Under the Sea] (1966)
Segue-se as aventuras de uma tripulação do submarino de pesquisa de propulsão nuclear que faz uma circunavegação submersa do mundo para plantar sensores de monitoramento no fundo do oceano que ajudarão os cientistas a prever melhor os terremotos iminentes.
O Segredo do Abismo [The Abyss] (1989)
Perigo submarino nem sempre é óbvio. Apesar da presença de alienígenas neste filme de James Cameron, os extraterrestres do The Abyss são boas pessoas. O perigo é, na verdade, síndrome nervosa de alta pressão, basicamente a versão oceânica da loucura espacial. Tudo o que os alienígenas fazem é bater em nossas mãos e nos ameaçar por causa da desumanidade do homem em relação ao homem.
Até aqui nada demais. Mas uma reviravolta infeliz, acompanhado de um conveniente furacão que corta os seres humanos debaixo d’água do resto do mundo e aproxima o equipamento de um precipício submarino, leva um SEAL da Marinha sofrendo de loucura oceânica e armando uma ogiva nuclear, a quase começar um holocausto atômico.
Esfera [Sphere] (1998)
O que você espera quando cientistas investigam um objeto encontrado no oceano? Alienígenas é claro! O objeto mencionado é uma espaçonave, no centro da qual fica uma misteriosa esfera impenetrável que paira a poucos metros do chão e abriga um alienígena que se comunica com os cientistas, que posteriormente passam por uma tragédia após a outra. E uma coisa que não ajuda os cientistas é um tufão na superfície. Uma bela desculpa para manter os personagens submersos, submersos. O Filme é baseado no Livro de Michael Crichton, o mesmo de Parque dos Dinossauros [Jurassic Park] e Westworld, adaptados para cinema e televisão respectivamente.
Do Fundo do Mar [Deep Blue Sea] (1999)
O Filme com Thomas Jane (Punisher e The Expanse) traz uma mensagem do fundo do mar: brincar com tubarões, mesmo para o bem maior, da errado. Isso é o que os cientistas que trabalham na pesquisa para cura do Alzheimer em um laboratório submarino descobrem quando manipulam geneticamente um trio de tubarões mako e acabam no lado errado dos dentes afiados. Como se houvesse um certo. Aumentar a capacidade cerebral dos tubarões acaba por ser um grande erro, levando a um pensamento de alto nível, aumentando a sua natureza predatória, e fazendo Samuel Jackson virar almoço.
Abismo do Terror (DeepStar Six) (1989)
Que tal uma criatura não identificável que está dormente até que os humanos comecem a cutucar seu habitat? Os exploradores marítimos do DeepStar Six estão em uma estação científica encarregada de instalar um míssil nuclear do fundo do mar. Porque é claro que temos que ter misseis nucleares no fundo do mar. Ao longo das explorações submarinas normais, o habitat da dita criatura há muito adormecida é perturbado. E se há uma coisa que você não faz para uma criatura marinha há muito adormecida, é perturbar seu habitat. Caso contrário, o monstro assustador atacará e matará todos que seus tentáculos alcançarem, levando à detonação do reator nuclear, obviamente.
Inferno Submarino [The Rift] (1990)
Um submarino experimental, o “Siren II”, é enviado para descobrir o que aconteceu com o “Siren I”, que misteriosamente desapareceu em uma fenda submarina. As coisas dão errado quando começam a encontrar coisas que não deveriam estar lá.
Este filme tem todos os elementos de uma boa, antiquada história de ficção científica / aventura Pulp. Este filme teria funcionado tão bem se fosse uma história intergaláctica, de ficção científica. Os efeitos de criatura são muito bons e ocasionalmente bastante imaginativos e há uma boa quantidade de sangue.
Este é um filme que eu diria orgulhosamente como um pináculo do que pode ser alcançado com um baixo orçamento, acompanhado de uma história forte e um elenco sólido. Além disso, este filme é uma prova positiva de que os grandes nomes de atores e os exagerados sfx & cgi não conquistaram o mercado em qualidade. Se você é um fã de horror / ficção científica de baixo orçamento que você deve assistir este filme.
Leviathan [Leviathan] (1989)
Monstros, são um problema debaixo d’água, assim como na terra e no espaço. E assim como na terra, as fraquezas podem levar os humanos a se tornarem os próprios monstros. Tal é a experiência dos mineiros de alto-mar do Leviathan, que são vítimas da ganância e do amor à bebida quando descobrem um navio afundado que eles acham que tem um tesouro incalculável. Infelizmente, tudo o que eles encontram é uma garrafa de vodka, que eles levam a bordo de sua base, recebendo um zumbido sério e ingerindo um mutagênico mortal que os transforma em monstros. Os mineiros mutantes atacam os humanos, transformando-os, por sua vez, em monstros. Se perguntarmos para He-Man a moral da história, ele certamente nos dirá para não beber aquela garrafa que está no fundo do armário desde a adolescência do vovô.
Bônus: O filme conta com a atuação de Peter Weller, o Robocop em pessoa!
Atlântis: O Reino Perdido [Atlantis: The Lost Empire] (2001)
1914: Milo Thatch, neto do grande Thaddeus Thatch, trabalha na caldeira de um museu. Ele sabe que a Atlântida era real, e ele pode chegar lá se tiver o misterioso Diário dos Pastores, que pode guiá-lo até a Atlântida. Mas ele precisa de alguém para financiar uma viagem. Seu empregador acha que ele é doido e se recusa a financiar qualquer ideia maluca. Ele volta para casa em seu apartamento e encontra uma mulher lá. Ela o leva para Preston B. Whitmore, um velho amigo de seus avôs. Ele dá a ele o diário dos pastores, um submarino e uma tripulação de 5 estrelas. Eles viajam através do oceano Atlântico, enfrentam uma grande lagosta chamada Leviatã e finalmente chegam à Atlântida. Mas a tripulação do Atlantis tem um desejo por descoberta, ou alguma outra coisa?
Livros de Ficção Científica Submarina
20.000 Léguas Submarinas de Jules Verne (1870)
Altamente aclamado quando lançado, e manten o posto mesmo tantos anos depois, “Vinte Mil Léguas Submarinas” é considerado um dos primeiros romances de aventura na literatura e uma das maiores obras de Verne, junto com “Volta ao Mundo em Oitenta Dias” e “Viagem ao Centro da Terra”. O próprio Verne foi o segundo autor mais traduzido do mundo desde 1979, entre os escritores de língua inglesa Agatha Christie e William Shakespeare.
Um rápido resumo do livro: O naturalista francês Dr. Aronnax embarca numa expedição para caçar um monstro marinho, apenas para descobrir o Nautilus, um notável submarino construído pelo enigmático capitão Nemo. Juntos, Nemo e Aronnax exploram as maravilhas subaquáticas, passam por uma experiência transcendente entre as ruínas da Atlântida e plantam uma bandeira negra no Pólo Sul. Mas a missão de Nemo é de vingança, com métodos friamente eficientes.
Este pode ser para muitos um livro estranho. Romancistas do século XIX faziam muita digressão, e Verne, apesar de estar muito bem acampado fora da “Narizempinadopolis” literária, este livro não é uma exceção. Grande parte deste livro é uma lista taxonômica de todas as plantas e animais que Arronax observa! No entanto, Verne tem uma maneira de puxar você para a história e escrever de uma maneira tão envolvente que essa grande quantidade de explicações e listas de nomes não é chata nem repetitiva. Apenas acrescenta à história e ao desenvolvimento dos personagens. Não me surpreende nem um pouco que haja pessoas por aí que estão realmente convencidas de que Verne está contando uma história não-ficcional. Tudo parece real e convincente.
Bônus: Vale lembrar que este é o sexto livro de uma série de 54 que Verne escreveu entre 1863 e 1905, intitulada Voyages Extraordinaires, ou numa tradução livre: “Viagens Fantásticas”.
The Maracot Deep de Arthur Conan Doyle (1929)
Romance sobre a descoberta de uma cidade submersa da Atlântida por uma equipe de exploradores liderada pelo Professor Maracot. Ele é acompanhado por Cyrus Headley, um jovem zoólogo de pesquisa e Bill Scanlan, um especialista em mecânica que trabalha com uma fábrica de ferro na Filadélfia, que é responsável pela construção do submersível que a equipe leva ao fundo do Atlântico. A antiga civilização dos atlantes prosperou debaixo d’água, usando tecnologia avançada para respirar e cultivar. Uma dessas tecnologias avançadas é o projetor de pensamentos, que visualiza os pensamentos do usuário para os outros verem. Esse dispositivo permitiria que os humanos e os atlantes falassem um com o outro.
“Starfish” de Peter Watts (1999)
Pessoas com problemas emocionais são enviadas para trabalhar ao lado de uma fenda gigante no fundo do oceano, colhendo energia para os habitantes da superfície. Os trabalhadores passaram por um processo de bio-engenharia, e foram alterados para aguentar a pressão e respirar a água do mar para trabalhar nesta escuridão submarina estranha e fértil. O livro nos mostra que você pode tornar um protagonista tão maluco quanto quiser, desde que o que ela esteja combatendo seja ainda mais louco. Brilhantemente divertido e distorcido, com uma configuração incrível submarina. Starfish é, na maior parte, um thriller psicológico tenso, em vez de um contato alienígena ou uma história de monstros, e mantém o nível de tensão praticamente ao longo do livro. Se você quer um “Hard Sci-fi” com elementos de terror, provavelmente está procurando por esse cara.
Bônus: Este é apenas o primeiro livro de uma série de seis, escrito por um biólogo marinho e indicado ao Prêmio Locus, na categoria de Melhor Romance Estreante.
“The Dragon in the Sea” de Frank Herbert (1956)
Em um futuro próximo, o petróleo se tornou o maior prêmio, e os submarinos movidos a energia nuclear desafiam as águas inimigas para explorar reservas ocultas de petróleo sob a plataforma continental do leste. Mas as tripulações das últimas vinte missões nunca voltaram. Os agentes adormecidos infiltraram-se no serviço submarino de elite, ou as equipes estão simplesmente entrando em colapso sob a pressão? Com uma ambiguidade crítica que vai de “uma história dramaticamente fascinante” a “não há pessoas reais nela, apenas tipos psicológicos e síndromes andando com pernas“.
O livro mostra muitos elementos aos quais Herbert retornaria em seu trabalho posterior. Não é tão complexo ou conceitualmente rico como Duna ou “The Dosadi Experiment”, mas certamente é um romance que ainda vale a pena ser lido. É bastante curto, mas muito intenso e mais cheio de ação do que muitos de seus romances posteriores. Alguns romances posteriores de Herbert não se sustentam tão bem quanto O Dragão no Mar. Então, sinta-se à vontade para mergulhar, mas não espere um Duna molhado.
“Startide Rising” de David Brin (1983)
Os contos de Brin são ambientados em um universo futuro no qual nenhuma espécie pode alcançar a senciência sem ser “elevada” por uma raça de patrona. Mas o maior mistério de todos permanece sem solução: quem ergueu a humanidade?
A navede exploração “Terran Streaker” caiu no mundo da água inexplorado de Kithrup, tendo uma das mais importantes descobertas da história galáctica. Abaixo, um punhado de tripulantes humanos e golfinhos luta contra uma rebelião armada e todo o planeta hostil para salvaguardar seu segredo: O Destino dos Progenitores, a lendária Primeira Raça que semeou a sabedoria através das estrelas.
Vencedor dos prêmios Hugo e Nebula, “Startide Rising” é o segundo livro da série Uplift (há um total de seis), sendo “Sundiver” o primeiro.
The Scar de China Mieville (2002)
Escrito por um autodescrito autor de “ficção estranha” [Weird Fiction], The Scar é um antiépico sombrio, deprimente e incrivelmente inventivo, com uma cidade pirata flutuante e várias civilizações subaquáticas. O começo é um pouco acidentado, durante todas as primeiras páginas você pode sentir escritor esforçando-se demais para ter efeito, mas depois de encontrar os trilhos, Miéville começa a construir um enredo intrigante de espionagem e mentiras.” The Scar é o segundo livro no universo de Bas-Lag (o primeiro foi Perdido Street Station, este já traduzido para português), embora The Scar seja “menos horripilante e niilista” do que o primeiro livro, “ainda está refrescantemente longe do sentimentalismo”.
Esfera de Michael Crichton (1987)
Crichton diz que começou a escrever o romance em 1967 como um complemento para o “O Enigma de Andromeda” [The Andromeda Strain]. Ele começou com cientistas americanos descobrindo uma nave espacial subaquática que esteve lá por 300 anos, mas com marcações estampadas em inglês. No entanto, após esse começo, Crichton percebeu que “não sabia para onde ir com isso”, e adiou o término do livro por vinte anos até que ele decidiu o que um alienígena deveria ser. Mas quando descobriu…
Uma das qualidades de Crichton é a ousada clareza de seus conceitos e a navegação confiável de seus romances. Crichton não parece estar perdido ou que deveria parar para pedir informações. Outros escritores, aqueles com ambições criativas mais elevadas talvez, tendem a circular em torno de idéias como se nunca tivéssemos visto antes. Crichton não pega o caminho mais bonito. Ele acelera diretamente para a linha de chegada, geralmente provocando uma corrida literária. Não compare com o filme. Se possível leia antes de assistir.
Séries de TV de Ficção Científica Submarina
Viagem ao Fundo do Mar [Voyage to the Bottom of the Sea] (1964-1968)
Voyage narrou as aventuras do primeiro submarino nuclear de propriedade privada do mundo, o SSRN Seaview. Projetado pelo Almirante Harriman Nelson, ela era uma ferramenta de pesquisa oceanográfica para o Instituto Nelson de Pesquisa Marinha.
Embora o programa seja conhecido por seus episódios de “monstros”, muitos enredos eram comentários velados sobre o que estava acontecendo nos noticiários. Tais enredos como o dia do juízo nuclear, a poluição dos recursos naturais, a ameaça externa e o roubo da tecnologia americana ainda são relevantes hoje em dia.
O Homem do Fundo do Mar [The Man from Atlantis] (1977-1978)
Mark Harris é o único sobrevivente do lendário continente submerso da Atlântida. Tendo-se adaptado à vida subaquática, Mark possui mãos com membranas, olhos sensíveis à luz e a capacidade de nadar em profundidades baixas no mar por longos períodos. Ele extrai força da água e pode dominar os homens mais comuns. Mark auxilia um instituto de pesquisa submarina operado por seus amigos humanos, Dra. Elizabeth Merrill e C.W. Crawford, e se junta ao Dr. Merrill em várias missões exploratórias a bordo de um submarino de alta tecnologia. Eles encontram vários fenômenos bizarros, incluindo portais que levam a outras dimensões, uma substância capaz de alterar personalidades, uma criatura mal-humorada cujo toque provoca um retorno mental à infância, e o esquema de um corpulento milionário, Sr. Schubert, para derreter as calotas polares.
Seaquest [Seaquest DSV] (1993-1996)
Em meados do século XXI, a humanidade colonizou os oceanos e formou a UEO – a United Earth Oceans – como uma organização militar para policiá-la. Anteriormente um membro de alto escalão da UEO, Nathan Bridger se aposentou após a morte de sua esposa e se retirou para uma ilha isolada para estudar golfinhos. É feita uma tentativa de seqüestrar o Seaquest DSV, o navio submarino mais poderoso da UEO, e Nathan – seu projetista original – está convencido a retornar ao serviço ativo, para assumir o comando dele. Seu segundo no comando é Cmdr. Jonathan Ford. Na segunda temporada, a DSV adicionou Dagwood, um protótipo de Forma de Vida Geneticamente Projetada, Tony Piccolo, um homem com guelras implantadas cirurgicamente, e a Dra. Wendy Smith, uma telepata / empata, para sua equipe de especialistas. A série tem tendências New Age, muitas vezes apresentando histórias que lidam com questões ambientais ou misturam mito e misticismo, de fantasmas a “deuses”, em sua ficção científica.
Stingray (1964 – 1965)
O Stingray, um submarino de combate movido a energia nuclear construído para velocidade e manobrabilidade, é o carro-chefe da WASP (World Aquanaut Security Patrol), um braço da Patrulha de Segurança Mundial (WSP) responsável pelo policiamento dos oceanos da Terra em meados dos anos 2060. O navio está armado com torpedos de “míssil sting” e pode viajar a até 600 nós (1.100 km / h) embaixo d’água, enquanto seus compensadores de pressão permitem atingir profundidades de mais de 36.000 pés (11 km).
Bônus: Produzida por Gerry e Sylvia Anderson, de Thunderbirds!
Ocean Girl (1994 – 1997)
Ocean Girl é uma série de TV de ficção científica australiana voltada para o público familiar e estrelando Marzena Godecki como protagonista. O show é ambientado em um futuro próximo, e foca em uma garota incomum chamada Neri, que mora sozinha em uma ilha, e as amizades que ela desenvolve com os habitantes de uma instalação de pesquisa subaquática chamada ORCA (Oceanic Research Center of Australia). A série é um exemplo de ficção científica ecologia profunda.
Jogos de Ficção Científica Submarina
seaQuest DSV (Videogame Mega Drive / Super Nintendo – 1994)
O jogo é dividido em duas partes; um em que o jogador controla o seaQuest em uma perspectiva isométrica e é capaz de comprar equipamentos e armas e viajar no quadrante oceânico, e missões de estilo horizontal shooter de rolagem, em que o jogador deve alcançar vários objetivos usando um complemento de mini-subs, robôs, e um golfinho treinado usando um aqua-pulmão. As missões também envolvem tipicamente o combate entre os minissubmarinos do jogador e as unidades de piratas, ecoterroristas e outros inimigos, mas também exigem que o jogador realize algum tipo de tarefa não-combatente, como uma operação de resgate.
20.000 Léguas Submarinas (DOS Game) (1988)
Mais uma obra baseada na clássica história de Ficção Centífica de Jules Verne, este jogo captura fielmente a atmosfera e o enredo do romance, apesar de quebra-cabeças simplistas e diálogos banais. No entanto, existem algumas reviravoltas para manter os fãs do romance curiosos até o fim.
Bioshok (2007)
BioShock é ambientado em 1960 na cidade subaquática de Rapture; a história da cidade é revelada principalmente por gravações de áudio que o jogador pode coletar durante o jogo. Rapture foi planejado e construído na década de 1940 pelo magnata dos negócios objetivistas Andrew Ryan, que queria criar uma utopia para a elite da sociedade florescer fora do controle do governo e da “pequena moralidade”. O progresso científico expandiu-se bastante, incluindo a descoberta do material genético “ADAM” criado por lesmas do mar no fundo do oceano. O ADAM permite que seus usuários alterem seu DNA para conceder poderes super-humanos, como telecinese e pirocinese. Para proteger Rapture, Ryan impôs uma lei que nenhum contato com o mundo da superfície era permitido.
Ecco The Dolphin (videogame, Mega Drive, 1992)
O jogo começa com Ecco, um golfinho-nariz-de-garrafa, vendo o quão alto ele pode pular. Quando ele está no ar, uma Tromba de Água se forma e suga toda a vida marinha na baía, exceto Ecco, deixando-o sozinho na baía. Ao sair da baía para procurar por seus amigos, ele entra em contato com vários golfinhos de outras baias, que lhe dizem que o mar inteiro está caótico e que todas as criaturas marinhas sentiram a tempestade.
Uma orca diz a Ecco para viajar ao Ártico para encontrar uma baleia azul chamada “Big Blue”, que é reverenciada entre os mamíferos marinhos por sua idade e sabedoria. Uma vez que Ecco o encontra, o Big Blue diz a ele que tais tempestades estavam ocorrendo a cada 500 anos e o direciona para o Asterita, a criatura mais velha da Terra. Ele deixa o Ártico e viaja para uma caverna profunda onde encontra o Asterita. Embora tenha o poder de ajudá-lo, um de seus globos está faltando e precisa ser devolvido. No entanto, isso só pode ser conseguido viajando de volta no tempo usando uma máquina construída pelos antigos Atlantes.
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Excelente matéria! Adoro essa forma como a ficção científica aborda as aventuras dos seres humanos em meio ao desconhecido dos oceanos. Vou procurar por algumas das recomendações que não conhecia.