15 termos no melhor Glossário da Ficção Científica!
Glossário da Ficção Científica
O Glossário da Ficção Científica tem como ideia reunir os principais termos de uma maneira simples, com uma linguagem básica para entendimento de todos, relembrar os já “iniciados” e mostrar o caminho das pedras para quem está chegando agora neste maravilhoso mundo da Ficção Científica. Não é nossa intenção falar sobre os desdobramentos do termo fora do universo ficcional, embora em alguns casos seja necessário alguma explicação de nosso mundo real.
Com o tempo serão acrescentados novos termos a esta lista.
1. Ficção Científica
Como diria o Sr. Spock ( Jornada nas Estrelas [Star Trek] ), seria ilógico começar um Glossário de Ficção Científica, sem definir o termo em si.
Em uma análise muito rasteira e curta da Ficção Científica, Mary Shelley, teria dado pontapé inicial na criação do gênero com seu Prometeu Moderno… Frankenstein em 1818.
O termo Ficção Científica foi cunhado por Hugo Gernsback, editor da Revista Pulp de Ficção Científica “Amazing Stories” e muitas vezes chamado de “O Pai da Ficção Científica”. A importância de Hugo é tamanha que o maior prêmio do gênero é nomeado a ele.
Gernsback começou usando o termo “cientificção” [scientifiction em inglês], mas após perder o direito de uso do termo que ele mesmo criou, Gernsback começa a chamar o gênero de “Ficção Científica”
O Que é Ficção Científica?
Embora Gernsback teria definido a “Ficção Científica Ideal” como 75% Literatura e 25% Ciência, definir Ficção Científica se tornou uma tarefa árdua desde muito antes da considerada criação oficial do gênero.
“Por cientificção, eu falo sobre aquele tipo de romance de Jules Verne, H. G. Wells e Edgar Allan Poe, um romance charmoso, entrelaçado com fatos científicos e visões proféticas.” Hugo Gernsback
Outra definição interessante é a de Rod Serling, criador de Além da Imaginação [Twilight Zone]:
“Fantasia é o impossível tornado provável. Ficção científica é o improvável tornado possível.”
2. Raygun (Arma de Raios – Arma de Raio-X)
No começo da Ficção Científica, as Rayguns eram descritas como feixes de raios que faziam uma luz brilhante e o ruído alto como raios ou grandes arcos voltaicos.
Uma precoce aparição de uma Raygun aconteceu em A Guerra dos Mundos [The War of the Worlds 1898 – H.G. Wells] com o nome de “Heat-Ray” (Raio de Calor)
De acordo com The Encyclopedia of Science Fiction, a palavra “Raygun” foi usada pela primeira vez por Victor Rousseau em 1917, em uma passagem de O Messias do Cilindro [The Messiah of the Cylinder]:
“Nem tudo está indo bem, Arnold: as hastes de raios estão se esvaziando rapidamente, e nosso ataque ao nível mais baixo da asa falhou. Sanson colocou uma ARMA DE RAIOS lá. Tudo depende dos batedores de ar e devemos manter nossas posições até que os aviões de batalha cheguem.”
As Rayguns ficaram tão famosas durante a “Era de Ouro da Ficção Científica” que seria muito difícil ver Buck Rogers ou Flash Gordon não empunhando uma em suas tirinhas. Com o advento do Laser na década de 1960, as Rayguns foram mutando para as Pistolas de Laser tão famosas em Perdidos no Espaço [Lost in Space] e Jornada nas Estrelas [Star Trek].
Sinônimos
A variante “projetor de raios” foi usada por John W. Campbell em The Black Star Passes, em 1930. Termos relacionados “Raio Desintegrador” [Desintegrator Ray] data de 1898 em “Edison ´s Conquest of Mars” de Garrett P. Serviss.
O termo sinônimo “Blaster” data de 1925 na história de Nictzin Dyalhis “Quando a Estrela Verde Minguou” [When the Green Star Waned].
Outros nomes foram sendo utilizados por diferentes franquias da Ficção Científica como Phasers para Jornada nas Estrelas [Star Trek] ou Blasters em Guerra nas Estrelas [Star Wars]. Rifles de Pulso [Pulse Rifles] e Rifles de Plasma [Plasma Rifles], também são bem frequentes.
Algumas obras importantes
-
Jornada nas Estrelas [Star Trek] (Série de TV de Gene Rodenberry, 1966)
-
O Planeta Proibido [Forbidden Planet] (Filme de Fred M. Wilcox, 1956)
-
Flash Gordon (Quadrinhos, e Série de TV)
-
Buck Rogers (Quadrinhos e Série de TV)
3. Mad Scientist (Cientista Louco ou Professor Louco)
Aqui o termo se funde com a própria criação do gênero: Victor Frankenstein através da ciência da vida a uma criatura sem nome, que é conhecida como o Monstro de Frankenstein e frequentemente confundida com o próprio cientista.
Mais tarde, em 1896, H.G Wells nos presenteia com “A Ilha do Doutor Moreau”, onde o personagem-título, se isola em uma ilha a fim de continuar seus experimentos de remodelagem de animais em formas humanoides.
Foi feita uma pesquisa sobre filmes de Horror distribuídos no Reino Unido entre 1930 e 1980, que revelou o Cientista Louco como 30% das ameaças nos filmes, enquanto cientistas heróis apareceram em apenas 11% das obras.
Algumas obras importantes
-
Frankenstein (Livro de Mary Sheley, 1818)
-
Frankenstein de Mary Sheley [Mary Shelley´s Frankenstein] (Filme)
-
A Ilha do Doutor Moreau [The Island of Doctor Moreau] (Filme)
-
De Volta para o Futuro [Back to the Future] (Trilogia de Filmes)
4. Robot (Robô)
O termo “Robot” foi introduzido a língua inglesa através da peça tcheca “R.U.R.”, e consequentemente para o mundo.
“R.U.R.”, do escritor tcheco Karel Čapek. R.U.R. significa Rossumovi Univerzální Roboti (Robôs Universais de Rossum). No entanto, a frase em inglês “Rossum’s Universal Robots” foi usada como subtítulo no original tcheco. Ele estreou em 25 de janeiro de 1921.
A peça começa em uma fábrica que cria pessoas artificiais, chamadas roboti (robôs), de matéria orgânica sintética. Eles não são exatamente robôs pela definição atual do termo: eles são criaturas vivas de carne e sangue em vez de maquinário e estão mais próximos da idéia moderna de Andróides (do grego andr “Homem” e sufixo -oid, “que tem forma ou aparência”) ou dos Replicantes (“Sonham os Andróides com Ovelhas Mecânicas” [Do Androids Dream of Eletric Sheep, Phillip K. Dick, livro que deu origem ao filme Blade Runner]).
Eles podem ser confundidos com humanos e podem pensar por si mesmos. Eles parecem felizes em trabalhar para os humanos a princípio, mas a rebelião dos robôs leva à extinção da raça humana.
Algumas obras importantes
-
Metropolis (Filme de Fritz Lang)
-
Blade Runner (Filme de Ridley Scott)
-
Eu, Robo [I, Robot] (Livro de Isaac Asimov)
-
Jornada nas Estrelas, A Nova Geração [Star Trek, The Next Generation] (Série de TV) Observar o personagem Data.
-
O Exterminador do Futuro [Terminator] (Série de Filmes)
-
ROM – Space Knight (Quadrinhos)
5. Time Travel (Viagem no Tempo)
Viagem no tempo é o conceito de movimento entre certos pontos no tempo, análogo ao movimento entre diferentes pontos no espaço por um objeto ou uma pessoa, tipicamente usando um dispositivo hipotético conhecido como máquina do tempo. A viagem no tempo é um conceito amplamente reconhecido em filosofia e ficção. A idéia de uma máquina do tempo foi popularizada pelo romance A Maquina do Tempo [The Time Machine de 1895] de H. G. Wells.
Em geral, as histórias de viagens no tempo concentram-se nas consequências de viajar para o passado ou para o futuro. A premissa central para essas histórias muitas vezes envolve a mudança da história, seja intencionalmente ou por acidente, e as maneiras pelas quais alterar o passado muda o futuro e cria um presente ou futuro alterado para o viajante do tempo quando voltam para casa. Algumas histórias se concentram apenas nos paradoxos e nas linhas temporais alternativas que acompanham as viagens, em vez de viajarem pelo tempo. Eles frequentemente fornecem algum tipo de comentário social, já que a viagem no tempo fornece um “efeito de distanciamento necessário” que permite à ficção científica abordar questões contemporâneas de maneiras metafóricas.
Alguns mitos antigos descrevem um personagem pulando para a frente no tempo. Na mitologia hindu, o Mahabharata menciona a história do Rei Raivata Kakudmi, que viaja para o céu para conhecer o criador Brahma e fica surpreso ao saber quando ele retorna à Terra que muitas eras passaram. O Pāli Canon Budista, uma coletânea de escrituras na tradição budista Theravada, preservada na linguagem Pāli, e o mais completo canon budista existente, menciona a relatividade do tempo.
Ficções Científicas primarias apresentam personagens que dormem por anos e despertam em uma sociedade transformada, ou são transportados para o passado através de meios sobrenaturais. Entre eles, “O Ano 2440, O Sonho Nunca Aconteceu” [L’An 2440, reve s’il en fèt jamais (1770)], de Louis-Sébastien Mercier, Rip Van Winkle (1819), de Washington Irving, Looking Backward (1888), de Edward Bellamy, e When the Sleeper Awakes (1899), por HG Wells.
O Sono Prolongado, assim como a Máquina do Tempo, é usado como meio de viajar no tempo nessas histórias. Ele cria o “homem fora de seu tempo”, tema aproveitado repetidas vezes.
O primeiro trabalho sobre viagens no tempo para o passado é incerto. Memórias do Século XX [Memoirs of the Twentieth Century (1733)] de Samuel Madden é uma série de cartas de embaixadores britânicos em 1997 e 1998 para diplomatas no passado, transmitindo as condições políticas e religiosas do futuro.
Algumas obras importantes
-
A Maquina do Tempo [The Time Machine](Livro de H.G. Wells, 1895)
-
De Volta para o Futuro [Back to the Future] (Trilogia de Filmes)
-
Perguntas Frequentes sobre Viagem no Tempo [FAQ about Time Travel] (Filme)
-
Em Algum Lugar do Passado [Somewhere in Time]
6. Hiperdrive / Hiperspace (Hiperespaço) / FTL [Faster Than Light] (Mais rápido que a Luz)
Aqui a idéia é viajar distâncias astronômicas de uma maneira muito rápida.
De um modo geral, a ideia do hiperespaço [Hyperspace] depende da existência de uma dimensão separada e adjacente. Quando ativado, o hyperdrive desvia a nave para essa outra dimensão, onde pode cobrir vastas distâncias em um período muito reduzido do tempo que levaria no espaço “normal”. Quando atinge o ponto no hiperespaço que corresponde ao seu destino no espaço real, ele ressurge.
Explicações de porque as naves podem viajar mais rápido que a luz no hiperespaço variam; o hiperespaço pode ser menor que o espaço real e, portanto, a propulsão de uma nave estelar parece ser grandemente multiplicada, ou então a velocidade da luz no hiperespaço não é uma barreira como é no espaço real. Seja qual for o raciocínio, o efeito geral é que as naves que viajam no hiperespaço parecem ter quebrado a velocidade da luz, aparecendo em seus destinos muito mais rapidamente e sem a mudança no tempo que a teoria da relatividade sugeriria.
Um conceito diferente, às vezes também chamado de “hiperespaço” e similarmente usado para explicar a viagem da FTL [Faster Than Light / Mais rápido que a Luz] na ficção, é que a variedade do espaço tridimensional comum é curvada em quatro ou mais dimensões espaciais “superiores”. Essa curvatura faz com que certos pontos amplamente separados no espaço tridimensional sejam “adjacentes” um ao outro quadridimensionalmente.
Criar uma abertura no espaço 4D (um buraco de minhoca) entre esses locais pode permitir o trânsito instantâneo entre os dois locais; uma comparação comum é a de um pedaço de papel dobrado, em que um furo perfurado por duas seções dobradas é mais direto do que uma linha traçada entre eles na folha. Podemos ver esta explicação no filme O Enigma do Horizonte [Event Horizon, 1997], onde o Dr. William Weir (Sam Neill) fura uma página de revista para a explicação, e depois Interestelar [Interstellar] a reutiliza. Esta forma frequentemente restringe a viagem FTL a “pontos de salto” específicos.
Embora o conceito de hiperespaço não tenha emergido até o século 20, histórias de um reino invisível fora do nosso mundo normal são parte da tradição oral mais antiga. Algumas histórias, antes do desenvolvimento do gênero de ficção científica, apresentam viagens espaciais usando uma existência ficcional fora do que os humanos normalmente observam. Em “Somnium” de 1634, Johannes Kepler fala de viajar para a lua com a ajuda de demônios.
Da década de 1930 até a década de 1950, muitas histórias nas revistas de ficção científica Amazing Stories e Astounding Science Fiction apresentaram aos leitores o hiperespaço como uma quarta dimensão espacial. “The Invisible Bubble” (1928) , de Kirk Meadowcroft, e “Islands of Space“, de John Campbell (1931), apresentam uma referência inicial ao hiperespaço.
Escritores de histórias em revistas usaram o conceito do hiperespaço de várias maneiras. Em Gray Lensman (1939), de E.E. Smith, um “motor de 5ª ordem” permite viajar para qualquer lugar do universo. Em O Mistério do Elemento 117 [The Mystery of Element 117 de 1949], de Milton Smith, abre-se uma janela para um novo “hiperplano do hiperespaço”, contendo aqueles que já morreram na Terra.
As viagens hiperespaciais se tornaram difundidas na ficção científica, por causa das limitações percebidas das viagens no espaço comum.
Em The Scientific Pioneer Returns (Amazing Stories, novembro de 1940), de Nelson S. Bond, o conceito de hiperespaço é descrito.
A série Fundação [Foundation] de Isaac Asimov, publicada pela primeira vez entre 1942 e 1944 em Astounding, apresentava um Império Galáctico atravessado pelo hiperespaço.
Algumas Obras Importantes
-
Guerra nas Estrelas [Star Wars] (Filme de George Lucas, 1977)
-
Duna [Dune] (Livro de Frank Herbert, 1965)
-
Jornada nas Estrelas [Star Trek] (Série de TV de Gene Rodenberry, 1966)
7. Terraforming (Terraformação)
Terraformação (literalmente, “modelagem em Terra”) de um planeta, lua ou outro corpo é o processo hipotético de modificar deliberadamente sua atmosfera, temperatura, topografia de superfície ou ecologia para ser similar ao ambiente da Terra para torná-lo habitável por Vida semelhante à da Terra.
O conceito de terraformação desenvolvido a partir de ficção científica e ciência real. O termo foi cunhado por Jack Williamson em um conto de ficção científica (“Collision Orbit“) publicado em 1942 em Astounding Science Fiction, mas o conceito pode ser anterior a este trabalho.
Algumas obras importantes
-
Jornadas nas Estrelas II – A Ira de Khan [Star Trek II – The Wrath of Khan] (Filme de Nicholas Meyer, 1982)
-
Guerra dos Mundos [War of the Worlds] (Livro de H.G. Wells, 1898)
-
O Vingador do Futuro [Total Recal] (Filmde de Paul Verhoeven, 1990)
-
O Fazendeiro no Céu [Farmer in the Sky] (Livro de Robert A. Heinlein, 1950) Sem lançamento no Brasil.
-
Aliens o Resgate [Aliens] (Filme de James Cameron, 1986)
-
Master of Orion (Videogame, 1993 – MicroProse para MS-DOS)
8. Teleportation
Talvez a mais antiga história de ficção científica a retratar seres humanos alcançando a habilidade de teletransporte em uma Ficção Científica é a história de Edward Page Mitchell de 1877, The Man Without a Body (O Homem sem um Corpo), que detalha os esforços de um cientista que descobre um método para desmontar os átomos de um gato, transmiti-los por um fio de telégrafo e depois remontá-los. Quando ele tenta isso em si mesmo, a bateria do telégrafo acaba depois que apenas a cabeça do homem é transmitida. O teletransporte ainda não foi inventado, mas a história já previa nossos problemas com baterias.
Outro dos primeiros usos de transmissores de matéria, sendo um teletransporte científico (em oposição ao teletransporte mágico ou espiritual) é encontrado no romance “To Venus in Five Seconds” (A Vênus em Cinco Segundos), de 1897, de Fred T. Jane. O protagonista de Jane é transportado através de um gazebo contendo um estranho maquinário da Terra para o planeta Vênus.
Claro que não poderia de deixar Jornada nas Estrelas [Star Trek] de lado! O que nasceu de uma necessidade de cortar curtos para os episódios, tornou-se um dos recursos imagéticos mais icônicos da série. “Beam me up, Scotty”, se tornou uma daquelas frases “citadas” que nunca apareceu na obra original.
Algumas obras importantes
-
Jornada nas Estrelas [Star Trek] (Série de TV)
-
A Mosca [The Fly] (Filme)
9. Force Field (Campo de Força)
Na ficção especulativa, um Campo de Força, às vezes conhecido como Escudo de Energia, Escudo de Força, Escudo de Defesa ou Escudo Defletor, é uma barreira feita de energia, plasma ou partículas. Protege uma pessoa, área ou objeto de ataques ou intrusões.
Essa tecnologia fictícia é criada como um campo de energia sem massa que atua como uma parede, de modo que os objetos afetados pela força específica relativa ao campo são incapazes de atravessar o campo e alcançar o outro lado.
Este conceito tornou-se um elemento básico de muitos trabalhos de ficção científica, tanto que os autores frequentemente nem se dão ao trabalho de explicar ou justificá-los aos seus leitores tratando-os quase como fato estabelecido e atribuindo quaisquer capacidades que o enredo requeira.
Talvez a primeira aparição de um “Campo de Força” seja em A Terra da Noite [The Night Land – 1912] de William Hope Hodgson, o Último Reduto é um abrigo para os remanescentes da humanidade gerado por algo muito parecido com um campo de força.
Algumas Obras Importantes
-
Yars Revenge (Videogame, Atari 2600, 1982)
-
Jornada nas Estrelas – A Série Animada [Star Trek TAS] (Série de TV) – Cintos de Preservação de Vida.
-
Duna [Dune] (Livro de Frank Herbert, 1965)
10. Tractor Beam (Raio-trator)
Um raio-trator é um dispositivo com a capacidade de atrair um objeto para outro à distância. O conceito tem origem na Ficção Científica: o termo foi cunhado por E. E. Smith (uma atualização de seu “raio de atração” [Attractor Beam]) em sua novela Spacehounds of IPC de 1931.
Menos comumente, um feixe semelhante que repele é chamado de Raio Pressor [Pressor Beam] ou Raio Repulsor [Repulsor Beam].
Algumas Obras Importantes
-
Jornada nas Estrelas – A Série Animada Episódio “Mais Pingos, Mais Problemas” [Star Trek – TAS – More Tribbles, More Troubles]
-
The Trigger (Conto de Arthur C. Clarke)
-
Guerra nas Estrelas [Star Wars] (Filme de George Lucas, 1977)
-
Babylon 5 (Série de TV – Redes de Gravidade do Império Minbari)
-
Fogo no Céu [Fire in the Sky] (Filme de 1993)
-
Galaga (Videogame, Arcade 1981)
-
Portal (Videogame, 2007)
11. Alien (Alienígena)
Um extraterrestre ou alienígena é qualquer forma de vida extraterrestre; uma forma de vida que não se originou na Terra. A palavra extraterrestre significa “fora da terra”.
O Pluralismo Cósmico, é a suposição de que existem muitos mundos habitados além da esfera humana, é anterior à modernidade e ao desenvolvimento do modelo heliocêntrico e é comum nas mitologias em todo o mundo. O escritor de sátiras do século 2, Lucian, em sua “História Verdadeira” afirma ter visitado a lua quando seu navio foi enviado por uma fonte, que foi povoada e em guerra com o povo do Sol pela colonização da Estrela da Manhã. Outros mundos são retratados em obras tão antigas como a narrativa japonesa do século X, O Conto do Cortador de Bambu e o árabe medieval “As Aventuras de Bulukiya” em as “Mil e Uma Noites”.
Em Julho de 1929, a revista “Science Wonder Stories” publicou a história de Jack Williamson, “The Alien Intelligence”. Mas isso não foi o bastante para garantir a Williamson o título de “primeiro uso da palavra”. Diversas fontes ainda citam Phillip Barshofsky e seu, “Uma Noite Pré-Histórica” de 1934, como sendo o primeiro. Provavelmente ficaram impressionados com uma história sobre marcianos viajando para a Terra pré-histórica para lutar com dinossauros.
Não podemos falar de alienígenas, sem falar das línguas faladas por eles, que em muito precedem o uso do termo “Alien”. Uma descrição formal de uma língua alienígena em ficção científica pode ter sido pioneira pela linguagem marciana de Percy Greg que ele chamou de “Martial” (Marcial), em seu romance de 1880 Através do Zoodiaco [Across the Zodiac].
Lembrando sempre que o livro de 1638, O Homem na Lua [The Man in the Moone] de Francis Godwin, a linguagem dos Lunares, consistindo “não tanto de palavras e letras como de sons estranhos”, que por sua vez é precedida por outras línguas inventadas em sociedades ficcionais, por exemplo, na Utopia de Thomas More, de 1516.
Algumas Obras Importantes
-
Alien, o Oitavo Passageiro [Alien] (Filme de Ridley Scott)
-
Inimigo Meu [Enemy Mine] (Filme de Wolfgang Petersen, 1985; Conto de Barry B. Longyear, 1979)
-
Missão Alien [Alien Nation] (Filme de Graham Backer, 1988 e Série de TV, 1989)
-
ALF, o Eteimoso [A.L.F] (Série de TV)
-
Contatos Imediatos do Terceiro Grau [Close Encounters of the Third King] (Filme de Steven Spielberg, 1977)
12. Hive Mind (Mente Coletiva ou Mente de Colmeia)
Embora o conceito de Consciência Coletiva (conscience collective) preceda a Ficção Científica, por Émile Durkheim em sua obra “A Divisão do Trabalho na Sociedade [The Division of Labour in Society] em 1893, foi em dezembro de 1950 que James H. Schmitz em seu conto ”The Second Night of Summer” na revista “Galaxy Science Fiction”, nos apresenta os Halpa, uma espécie alienígena com uma Mente-Colmeia. A humanidade é salva de uma maneira bem peculiar.
Algumas Obras Importantes
- Star Trek A Nova Geração [Star Trek The Next Generation] (Série de TV) – Observar os Borgs
13. Multiverse (Multiverso)
Um Universo Paralelo é uma realidade hipotética autocontida que coexiste com a nossa. Um grupo específico de universos paralelos é chamado de “Multiverso”, embora esse termo também possa ser usado para descrever os possíveis universos paralelos que constituem a realidade.
Os termos “Universo Paralelo” e “Realidade Alternativa” são geralmente sinônimos e podem ser usados de forma intercambiável na maioria dos casos. Ás vezes há uma conotação adicional implícita com o termo “Realidade Alternativa” que implica que a realidade é uma variante própria.
O termo “Realidade Alternativa”, foi utilizado de Star Trek (2009), onde a simples presença de Nero cria uma nova cadeia de eventos, separando as duas linhas temporais entre a “Linha Temporal Prime” e a “Linha Temporal Kelvin”.
O termo “Universo Paralelo” é mais geral, sem quaisquer conotações que impliquem em um relacionamento, ou falta de relacionamento, com nosso próprio universo. Um universo onde as próprias leis da natureza são diferentes.
Em “Homens como Deuses” [Men Like Gods, 1923], H.G. Wells nos mostra o Sr. Barnestaple ser transportado para um Universo Paralelo onde os “terráqueos” chamam o planeta de Utopia. Utopia está milhares de anos no futuro, onde não existe governo e funciona como uma Anarquia bem sucedida. Lá vivem pelos “Cinco princípios da Liberdade”: Privacidade, Circulação Livre, Conhecimento Ilimitado, Veracidade e Livre Discussão.
Algumas obras importantes
-
De Volta para o Futuro, Parte II [Back to the Future, Part II] (Filme)
-
O Efeito Borboleta [The Butterfly Effect] (Filme)
-
O Som do Trovão [The Sound of the Thunder] (Filme e Livro)
-
Contra Tempos [Quantum Leap] (Série de TV)
-
O Fim da Eternidade [The End of Eternity] (Livro de Isaac Asimov, 1955)
14. Cyberspace (Ciberespaço)
“Ciberespaço. Uma alucinação consensual experimentada diariamente por bilhões de operadores legítimos, em todas as nações, por crianças aprendendo conceitos matemáticos … Uma representação gráfica de dados extraídos das margens de cada computador do sistema humano. Complexidade impensável. Linhas de luz variavam no não espaço da mente, agrupamentos e constelações de dados. Como as luzes da cidade, recuando.” Neuromancer – William Gibson
O ciberespaço é uma tecnologia interconectada. O termo entrou na cultura popular através da ficção científica e das artes, mas agora é usado por estrategistas de tecnologia, profissionais de segurança, governo, líderes militares e industriais e empresários para descrever o domínio do ambiente tecnológico global. Outros consideram o ciberespaço como sendo apenas um ambiente nocional no qual ocorre a comunicação através de redes de computadores.
A palavra tornou-se popular na década de 1990, quando o uso da Internet, redes e comunicação digital estavam crescendo dramaticamente e o termo “ciberespaço” foi capaz de representar as muitas novas idéias e fenômenos que estavam surgindo.
O termo “ciberespaço” apareceu pela primeira vez nas artes visuais no final dos anos 1960, quando a artista dinamarquesa Susanne Ussing (1940-1998) e seu arquiteto parceiro Carsten Hoff (n. 1934) se constituíram como Atelier Cyberspace. Sob esse nome, os dois fizeram uma série de instalações e imagens intituladas “espaços sensoriais”, baseados no princípio de sistemas abertos adaptáveis a várias influências, como o movimento humano e o comportamento de novos materiais.
Mas a palavra “ciberespaço” somente apareceu pela primeira vez na ficção científica na década de 1980 com o trabalho do escritor de ficção científica cyberpunk William Gibson, primeiro em seu conto de 1982 “Burning Chrome” e mais tarde em seu romance Neuromancer de 1984. Nos próximos anos, a palavra ficou proeminentemente identificada com redes de computadores online.
Algumas obras importantes
-
Tron, Uma Odisseia Eletrônica [Tron] (Filme de Steven Lisberger, 1982)
-
Simulacron-3 (Livro de Daniel F. Galouye, 1964)
-
Ghost in the Shell (Manga, Anime e Filmes)
-
The Matrix (Filme de 1999)
-
Neuromancer (Livro de William Gibson, 1984)
15 Singurarity (“Singularidade” ou “A Singularidade”)
“Buracos Negros são Deus dividindo por Zero” – Steve Wrigth
SINGURARIDADE: Evento único com profundas consequências.
Antes de falar sobre singularidade, nós devemos fazer uma pergunta: Qual Singularidade? Pera, tem mais de uma? Sim, existe a “Singularidade” e “A Singularidade”. E vamos falar muito rapidamente das duas, porque o tema é extremamente complexo, e tentarei falar da maneira mais simples possível.
Singularidade
Singularidade, no mundo da matemática, se refere ao ponto onde uma função não é definida. Lembra-se de quando seu professor de matemática lhe disse que não existe divisão por zero? Pois é. Ele não te explicou o que isso significava, e você não se importou visto que o recreio estava chegando, logo…
Vamos tentar ser práticos aqui: Tendo X=1/Y; Quando Y=0.1, X é 10; quando Y=0.01, X é 100… quando Y=0.0000001, X=10000000 e assim por diante. Logo: quando mais perto Y estiver de zero, mais perto do infinito X estará. O mesmo ocorre para o lado negativo.
O que acontece é que os matemáticos ainda não sabem o que acontece quando Y for igual a 0! Como não temos uma boa resposta para isso, chamamos de “indefinido”. É aqui onde por hora nosso entendimento da matemática termina, então chamamos de Singularidade.
Tendo isso em mente, vamos ao que interessa: Buracos Negros!
Ao redor de um buraco negro, nós temos o “horizonte de eventos”, ou também conhecido como “ponto sem volta”. É o ponto onde a atração gravitacional é tão forte, que nada escapa, nem mesmo a luz. Por isso “Buraco Negro”.
Porque tanta força? De acordo com a equação de Karl Scharzschild, um gênio da física com um bigode muito louco, onde a Velocidade da Luz, Constante Gravitacional e a Massa do Objeto são constantes, mas o raio do objeto não. Agora vamos diminuindo o raio deste objeto até atingir o “tamanho crítico”. Isso é chamado de “Raio Scharzschild”. O raio de uma esfera, onde toda a massa está comprimida de forma que a velocidade de escape é igual à velocidade da Luz. Logo para escapar de dentro, o que quer que tente, teria que ser mais rápido que a velocidade de Luz.
Imagine a Terra do tamanho de uma moeda, mas mantendo a mesma massa, com todas as moléculas se comprimindo umas contra as outras, o Raio Scharzschild da Terra seria do tamanho de 8 milímetros de raio. O que aconteceria se o raio fosse igual a 0?
Ao nos aproximarmos de um buraco negro, de acordo com “Teoria da Relatividade Geral” de Einstein, a física começa a ficar um tanto quanto “doida”. De acordo com nosso entendimento da física, no centro de um buraco negro gravidade e densidade seriam infinitamente grandes. Este é o ponto de “Singularidade Gravitacional”. O Centro do Buraco Negro, não é um “lugar” propriamente dito, porque em teoria ele não ocupa espaço. Imagino o conceito geométrico de um “ponto”, ele é hipotético. Exceto pelo fato de nós já termos experimentalmente descoberto buracos negros, exatamente como Eistein e Scharzschild previram. E temos bons motivos para acreditar que singularidades existam também.
Então o que existe lá dentro, na singularidade? Bom, Buracos de Minhoca, Portais para outro Universo, Viagem no Tempo? Nos não sabemos, mas exatamente isso que torna o tema tão fascinante para a Ficção Científica! O Desconhecido!
Algumas Obras Importantes
-
O Enigma do Horizonte [Event Horizon] (Filme)
-
Andrômeda (Série de TV)
-
Interestelar [Interstellar] (Filme de Christopher Nolan, 2014)
A Singularidade
“O progresso sempre acelerado da tecnologia… dá a aparência de se aproximar de alguma singularidade essencial na história da raça além da qual os assuntos humanos, como os conhecemos, não poderiam continuar.” – John von Neumann
Então vamos todos morrer!!! Calma, existe uma sutil, embora grande diferença aqui. Neumann diz que a vida como nós conhecemos, não poderia continuar, e não que entraremos em extinção. Que, ao acontecimento deste evento, a maneira como vivemos, ou qualquer modelo que tenhamos desenvolvido para a humanidade, não seria mais válido, portanto não poderá continuar.
Este é o pensamento de uma pessoa que seus trabalhos influenciaram a matemática (fundamentos da matemática, análise funcional, teoria ergódica, teoria da representação, álgebras de operadores, geometria, topologia e análise numérica), física (mecânica quântica, hidrodinâmica e mecânica estatística quântica), economia (teoria dos jogos), computação (Arquitetura Von Neumann, programação linear, máquinas auto-replicantes, computação estocástica) e estatística. E em tempo onde estar “desperto” é cada vez mais importante, o físico ganhador do Nobel, Eugene Wigner disse que “somente ele, era completamente desperto”. Vale lembrar que Neumann nunca viu a Internet! (As origens da internet datam da década de 1960, Neumann morreu em 1957)
Agora, o que ele quis dizer com “O progresso sempre acelerado da tecnologia”? Bom, o caso é que toda revolução tecnológica abre caminho para outra nova tecnologia! Logo este é um processo que está sempre acelerando!
Sempre fomos fascinados pela capacidade de voar! Desde os contos mitológicos gregos, com Ícaro, tentando deixar Creta voando, passando por Da Vinci em 1485 com seus helicópteros e finalmente chegarmos ao primeiro avião de Santos Dumont em 1906, ou ao dos irmãos Wrigth em 1903, já que o resto do mundo considera. Mas o fato é levamos cerca de 400 anos de Da Vinci ao Avião, mas apenas 66 anos para pegarmos um foguete e nos lançarmos ao espaço e chegarmos na Lua em 1969! Isso é chamado de “Teoria das Mudanças Aceleradas”.
O crescimento de poder de processamento dos computadores é exponencial e não linear, de acordo com Gordon E. Moore que fez sua profecia, na qual o número de transistores dos chips teria um aumento de 100%, pelo mesmo custo, a cada período de 18 meses. Essa profecia tornou-se realidade e acabou ganhando o nome de Lei de Moore.
De Acordo com a Teoria das Mudanças Aceleradas, a tecnologia alcançará um ponto de desenvolvimento tão acelerado que sairá de nosso controle. Será impossível prever o futuro da humanidade em um Horizonte de Eventos Tecnológico.
Este pondo na história será conhecido como “A Singularidade”, o tão esperado dia, onde nossas crias autômatas rebelar-se-ão e nos escravizarão como fizemos com elas!
Algumas obras importantes
-
O Exterminador do Futuro [Terminator] (Série de Filmes e Série de TV)
-
Metropolis (Filme)
-
2001: Uma Odisseia Espacial [2001 – A Space Odyssey] (Filme de Stanley Kubrick, 1968)
-
Blade Runner, O Caçador de Andróides [Blade Runner] (Filme de Ridley Scott, 1982)
-
Robocop, O Policial do Futuro [Robocop] (Filme de Paul Veroeven, 1987)
-
Um Robô em Curto Circuito [Short Circuit] (Filme de John Badham, 1986)
-
Ghost in the Shell (Manga, Anime, Filmes)
-
The Matrix (Filme dos Irmãos Wachowskis, 1999)
-
Ex-Machina (Filme de Alex Garland, 2015)
-
Eu, Robô [I, Robot] (Livro de Isaac Asimov, 1950)
-
Sonham os Androides com Ovelhas Elétricas? [Do Androids Dream of Eletric Sheep?] (Livro de Phillip K. Dick, 1968)
Erramos em algo? Tem algum termo que gostaria de ver aqui que não abordamos? Deixe-nos uma mensagem!