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Jornada nas Estrelas: A Nova Animação

Jornada nas Estrelas: A Nova Animação

Jornada nas Estrelas: A Série Animada teve duas temporadas entre 1973 e 1974, contando os eventos de Jornada nas Estrelas: A Série Original, mantendo o universo vivo até Jornada nas Estrelas: O Filme em 1979. Um novo desenho animado está a caminho e chamará “Star Trek: Lower Decks”, e Mike McMahan, de “Rick and Morty”, está a bordo como seu criador.

Mike conquistou nossos corações com sua primeira frase: ‘Eu quero fazer um show sobre as pessoas que colocam o cartucho amarelo no replicador de alimentos para que uma banana possa sair do outro lado”. O nome de seu gato é Riker. O nome de seu filho é Sagan, o homem está comprometido”, disse Alex Kurtzman. “Ele é brilhantemente engraçado e conhece cada centímetro de cada episódio da Jornada, e esse é o seu molho secreto: ele escreve com o coração puro e alegre de um verdadeiro fã de Jornada, para fãs de todas as idades. Estamos muito animados para incluir a voz extraordinária de Mike.”

A princípio “Lower Decks” não irá se focar em nenhum personagem já estabelecido, possibilitando a criação e desenvolvimento de novos personagens para ampliar a comunidade já existente. Dito isso, vale lembrar que “Lower Decks” é o nome de um episódio de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração [Star Trek: The Next Generation], que recebeu o título de “Subalternos” aqui no Brasil. A história tratava sobre quatro jovens oficiais que analisavam sua amizade enquanto enfrentavam uma avaliação do Comandante Riker, e uma missão secreta para um deles.

Star Trek: Lower Decks será definido em uma parte do mundo de Jornada nas Estrelas que já conhecemos, mas parece que em uma nave muito sem importância na Frota. A princípio não veremos Enterprise ou qualquer outra nave estabelecida.

Como um Trekkie ao longo da vida, é surreal e um sonho maravilhoso poder fazer parte desta nova era de Jornada nas Estrelas”, disse o produtor-executivo Mike McMahan. “Enquanto Star Trek: Lower Decks é um desenho animado de meia hora, é inegavelmente Jornada, e eu prometo não adicionar um episódio no final que revela que a coisa toda aconteceu em um programa de treinamento.”

Os fãs de Jornada vão se lembrar que em 2011 McMahan lançou uma conta no Twitter, onde ele postou episódios para uma temporada falsa de Jornada nas Estrelas: A Nova Geração. A Simon & Schuster contratou-o posteriormente para escrever um guia para os leitores de uma oitava temporada fictícia da TNG intitulada “Star Trek: The Next Generation: Warped: Um Guia Engajante para a 8ª Temporada Nunca-Exibida”. Além de suas credenciais Trekkies, McMahan recentemente atuou como roteirista e produtor-executivo na série animada de sucesso do Adult Swim, Rick and Morty, e co-criou o show da família alienígena animada do Hulu, “Solar Opposites”, com lançamento programado para 2020.

Agora, o que isso realmente significa? Vamos olhar mais de perto.

Quem é Mike McMahan?

McMahan atuou como produtor-executivo em 7 episódios de “A Casa Animada” [Drawn Together] e 14 de South Park, e teve um longo trabalho como roteirista e assistente de roteirista em Rick And Morty. McMahan também tem o crédito de roteirista para um episódio para a nova série de curtas, Star Trek: Short Treks, no episódio focado no personagem de Harry Mudd (Rain Wilson), chamado “The Escape Artist”, ainda sem título aqui no Brasil, mas serial algo como “O Artista de Fuga”.

Rick and Morty

Rick and Morty é um desenho animado, extremamente famoso hoje em dia, pelo bem ou pelo mal. Amado por muitos e odiado pela mesma quantidade, a história gira em torno das infinitas aventuras de Rick, um genial cientista descuidado e alcoólatra, com seu neto Morty, um garoto desagradável de 14 anos que não é tão inteligente. Juntos, eles exploram os universos infinitos; causando caos e enfrentando problemas.

Enquanto uns julgam o desenho animado como “genial” e “para pessoas com alto QI”, do outro lado é argumentado que “entender referências de cultura POP não fazem de você inteligente” e ainda falam que Rick and Morty é “o desenho que pessoas que se julgam inteligentes adoram falar sobre”. Mas um fato permanece: a maioria esmagadora dos desenhos hoje em dia giram em torno de personagens desagradáveis, gritos e risadas irritantes e piadas de humor altamente questionável. Ou como dizem por ai: “LOL RANDOM”! Rick and Morty em muitos casos se enquadra nestas categorias, assim como os outros trabalhos de McMahan.

Desenhos Animados modernos

Hora da Aventura - Apenas um Show - Steven Universo
Hora da Aventura – Apenas um Show – Steven Universo

Antigamente, desenhos animados era para toda a família. Eles eram divertidos e engraçados para diversos níveis de entendimento. Muitos dos temas que eram apresentados nos desenhos, talvez não fossem percebidos pelas crianças, mas estava lá para os adultos se entreterem enquanto acompanhavam seus filhos. Anos mais tarde, quando assistíamos novamente os desenhos de nossa infância em alguma crise nostálgica, percebíamos que existia muito mais ali que nossos olhos inocentes puderam perceber. O publico alvo era muito mais amplo.

Desenhos hoje não são mais para todo mundo, com um publico alvo extremamente restrito. Parece que são feitos ou para crianças de menos de 3 anos com cores saturadas e muito barulho, ou para adultos extremamente vulgares. O choque ganha da substância, uma característica clara de escrita para publico alvo de nicho, só agradando aquele grupo de pessoas. Hora da Aventura [Adventure Time], Apenas um Show [Regular Show] e Steven Universo [Steven Universe] são apenas alguns exemplos de desenhos animados que seguem esta linha.

Em muito, os desenhos animados hoje, são uma paródia deles mesmos, vulgares, irritantes ou completas enganações copiando materiais antigos ou se aproveitando de marcas estabelecidas. Este aproveitamento de marcas estabelecidas, tentem a sempre ir pelo mesmo caminho “cômico”. Como Lauren Faust disse em um Tweet, as pessoas procuram ação em videogames, e não na TV, e os estúdios precisam fazer programas de sucesso.

Complexidade Narrativa

Em muito é argumentado que os desenhos não são para um publico adulto, e dado o foco infantil, a narrativa tem que ser mais simples e com menos nuances a fim de facilitar o entendimento das crianças. Eu discordo completamente deste tipo de afirmação. Se a compreensão de uma história é uma preocupação para os pais, talvez signifique que seus filhos não são tão inteligentes como você acha, só porque sabem procurar um vídeo no Youtube.

Narrativas complexas só ajudam o desenvolvimento da criança, forçando-os a explorar subjetividade e extrapolar seus limites. Pode ser que não entendam a história de primeira, mas vamos lembrar que a criançada adora assistir as mesmas coisas diversas vezes sem se entediar. Não seria este um processo natural para entender o que está acontecendo? Enquanto hoje em dia o que mais encontramos são crianças que não conseguem assistir um vídeo de 10 minutos no YouTube sem pular para o próximo porque “aquele ficou chato”. Pois é, talvez tenha ficado chato mesmo.

Falando em “10 minutos”, os desenhos não tem nem mais o “direito” de ter 20 minutos, ninguém mais tem tempo para assistir 20 minutos! Outro dia li uma pessoa argumentando que Ben-Hur não tem mais espaço nos dias de hoje, visto que ninguém assiste a um filme de 4 horas. Viu Senhor dos Anéis? Vá para seu quarto pensar no que você fez.

Estamos criando uma geração de pessoas impacientes, que não fazem nenhum esforço para entender, e não conseguem interpretar uma história ou rir de uma piada que não seja do pior nível possível. Não importa a idade do desenho, humor foi sempre integrante indispensável de um bom desenho. Hoje os desenhos simplesmente não são tão engraçados, e embora piadas de coco sejam sempre bem-vindas, um roteiro monotemático usando-as exclusivamente se torna tedioso. Pelo contrário, os torna obnóxios e desagradáveis, ofensivos até. Estou falando com você “Os Jovens Titãns em Ação” [Teen Titans Go!]

Os Jovens Titãs em Ação
Os Jovens Titãs em Ação – Teen Titans GO!

Arcos de História

Ter um objetivo definido é um traço importante para a criação de um personagem. Nos sabemos qual o objetivo de Hank e seus amigos em Caverna do Dragão [Dungeons and Dragons], ou o porque da Princesa Sara se juntar ao Cavalo de Fogo [Wildfire] contra Diabolyn. E não me entenda mal, objetivos podem mudar ao decorrer da história; desde que façam parte da evolução natural do personagem em sua busca primaria, e ai sim ter um novo objetivo. Aqui existiu um final de uma jornada, para dar início a uma nova com o personagem alterado pela experiência. Não existe mais objetivo de personagem que só serão resolvidos no episódio final e o desenho não mantém um foco narrativo.

O sentimento que temos hoje em dia, é de falta de compromisso com os personagens que foram criados (ou herdados). Eles são jogados de um lado para o outro de forma a cumprir uma agenda de temas que tem que ser introduzidos na série, e a resposta do personagem já vem pré estabelecida a defender a opinião de produtoras ou roteiristas.

Isso leva a um desenvolvimento forçado tanto de histórias quando de personagens. As histórias não seguem organicamente para onde deveriam ir, e os personagens não reagem organicamente aos acontecimentos já que devem agir de uma determinada forma.

Politicamente Correto

Existem dois lados deste movimento social chamado de “Politicamente Correto”. Um que julga ser correto modificar obras para que se encaixem no que qualificam como “espaço seguro”, a fim de ninguém ser ofendido ou se sentir incomodado por nada que possa presenciar. O outro aproveita este movimento para se beneficiar economicamente criando obras que se enquadrem nestas “normas” estabelecidas.

O resultado disso são obras que se esquivam de temas mais profundos e complexos, que nos faz questionar nossa própria existência e função no universo. Por mais “bobo” que possa parecer, desenhos de ação onde existe um bem e um mal definidos nos ensinam a lutar pelo que acreditamos. Eu não queria ver um episódio do desenho do Comandos em Ação [G.I. Joe], onde todo mundo recebesse uma medalha só porque todos foram para o quartel naquele dia.

Por outro lado, em Steven Universo temos uma cena onde Steven estava preocupado se os outros gostariam da música que ele tocaria. Terreno fértil para uma ótima discussão, tratando sobre insegurança e sobre como vencer nossos medos. Mas o que temos é: “Tudo bem Steven, mesmo se for ruim nos vamos gostar.” Pois é, nada de ter que se esforçar para melhorar, nada de evoluir e querer melhorar. Todos são obrigados a gostar não importa a qualidade. E os que discordam que são ignorantes e não tem capacidade para entender a genialidade, ou pior… O importante é não correr o risco de ofender ninguém.

Música de Desenho Animado

A Música sempre teve uma importância ímpar para os desenhos animados. Dos grandes clássicos ao fundo de Tom e Jerry, passando pelo Jazz em Charlie Brown e finalmente ao Rock ´n Roll de Thundercats! Músicas que ficam conosco por décadas, que nos ensinaram, divertiram e principalmente influenciaram nossa formação musical. Quem ai não se viu cantarolando o tema de Duck Tales enquanto faz compras no supermercado?

Hoje em dia os desenhos não tem grandes temas, e os que tem, passam praticamente despercebidos. Tudo de uma maneira neutra, pastel sem correr riscos.

SpinOffs e Reboots e referências da cultura pop

Não basta criarem novos desenhos com qualidades questionáveis, tanto técnicas quando criativas, para garantir sucesso de cara. Temos que subir nos ombros de algum nome famoso estabelecido. Ai vem a era dos Reboots e SpinOffs. Não precisamos de um reboot da maioria das obras que temos por ai. Não precisamos saber o que acontece entre o café da manhã e o almoço de Darth Vader, mas tenho certeza que virá algum filme ai que aborde o tema.

Os desenhos animados e séries novos que aparecem por ai, estes sim só conseguem se fazer notar com referências a outras obras, Big Bang Theory é um clássico exemplo de série que não tem respeito com os próprios personagens que criaram e se baseou completamente em referências a outras obras anteriores. Ou “Bazinga!” é uma piada tão genial assim, o que eu perdi?

Propriedades Intelectuais Estabelecidas

Thundercats - She-Ra
Thundercats – She-Ra

Se você recebe uma obra que não foi criação sua e tem uma base de fãs que se estende por décadas, você deveria ver isso não como um peso, mas como uma responsabilidade. Deveria se preocupar em agradar e respeitar esses fãs que mantiveram a obra viva por todo este tempo, e não sair fazendo o que você bem entende na casa dos outros.

Parece que estas obras são ressuscitadas somente para tirar sarro delas. Mas “você não é o publico alvo” alguns dizem. Bem, discordo completamente. Pegue os dois últimos exemplos de desenhos animados que foram ressuscitados dos anos 80 e que estão sofrendo constante crítica dos fãs antigos. “Thundercats”, agora sob o nome de “Thundercats Roar”, e “She-Ra: A Princesa do Poder” [She-Ra: Princess of Power], agora com o nome de “She-Ra e as Princesas do Porder” [She-Ra and the Princesses of Power]. Ambos os desenhos estavam praticamente esquecidos da grande mídia, só sendo lembrados por fãs fervorosos de ambos os universos, que agora estão descontentes com o rumo que estão tomando com o desenho que tanto gostam.

Veja bem, se estes não são desenhos conhecidos pelas crianças de hoje, obviamente estão com a intenção de capturar espectadores por pura nostalgia. Mas se estes espectadores não gostarem do que fizeram, ai é hora de seguir a escola de Kathleen Kennedy, Rian Johnson, Josh Trank e tantos outros. Vamos ofender os fãs e começar a falar mal de quem tratou bem da franquia por décadas!

Estilo Artístico e Animações

Embora gostar de um estilo de arte seja subjetivo, analisar o processo e o cuidado empregado não. E muitos concordam que os desenhos animados de hoje são feios e mal desenhados, com animações baratas e de baixa qualidade. Estamos todos conscientes que existe um custo de produção, e que nem todos os estúdios têm os mesmos recursos, mas é algo que vem tomando forma (ou perdendo no caso) desde que começamos a fazer animações de forma digital. Em vez de facilitar o processo e barateá-lo para poder produzir mais e com melhor qualidade, parece que a nova forma de produção deixou os animadores acomodados.

Steven Universo e Star vs As Forças do Mal [Star VS The Forces of Evil], são apenas alguns dos desenhos que tem sérios problemas de animação. Objetos que mudam de tamanho e distância entre eles, inconsistência entre quadros, mudanças de cor de um plano para o outro. E isso só para começar! São coisas pequenas, que passam despercebidas geralmente, mas depois que você vê a primeira não consegue mais parar de notar os problemas.

Michelangelo nos entregou David a partir de uma pedra, hoje em dia o Museu de Arte do Condado de Los Angeles nos entrega uma pedra, de 340 Toneladas. Aqui vemos o quanto nosso padrão crítico como sociedade caiu.

Onde isso começou?

Claro que este não é um problema tão recente quanto parece. Ele vem lá de trás, mas parece ganhar força com mais rapidez nos últimos tempos. Antes tínhamos “Johnny Bravo”, como um embrião para o humor que temos hoje em dia. Quase como um humor do inesperado, do absurdo.

Já nos anos 1990 tivemos Beavis and Butt-Head, o desenho animado da MTV que se propôs a ser uma sátira da adolescência dos anos 90, como uma crítica a uma geração emburrecida pela cultura de massa. Mas não contava com a incrível capacidade dos adolescentes daquela época de copiar o desenho! Teremos nos tornado uma cópia de uma sátira de nós, e hoje estamos criando desenhos para uma nova geração, baseados na limitada capacidade que desenvolvemos?

Beavis and Butt-Head
Beavis and Butt-Head

Quais os desenhos bons hoje?

Mas então não tem nada que preste hoje em dia e o novo desenho de Jornada nas Estrelas está condenado e acabou o mundo? Calma, não é bem assim.

É claro que existem mas não na TV. Grande parte das produções que não tem espaço na televisão hoje, estão se encaminhando para os serviços de streaming como Netflix, Amazon ou Hulu. O mesmo acontece com os desenhos. A nova animação de Jornada nas Estrelas, virá pela CBS All Access, um serviço similar.

Só na Netflix, temos Voltron, O Defensor Lendário [Voltron, Legendary Defender], Castlevania, Godzilla e porque não Gravity Falls. De todas as que citei aqui, Voltron a Gravity Falls são as que mais são voltadas para um publico de todas as idades. Gravity Falls por exemplo, lida com temas como masculinidade, rejeição, abandono e pobreza, se mostrando um desenho com uma consciência social forte, sem parecer cumprir agendas.

Voltron - Gravity Falls
Voltron O Guerreiro Lendário – Gravity Falls

O que esperar?

Se tirarmos o humor duvidoso e os personagens desagradáveis, Rick and Morty aborda alguns temas interessantes de ficção científica, sendo comparado em alguns casos com Red Darf (ou acusado de copiar). Esperamos que Lower Decks, possa ser um sucessor a altura do desenho animado de Jornada nas Estrelas. Com um humor mais inteligente, para acompanhar boas discussões de temas interessantes, aliada com uma animação de alta qualidade, Lower Decks pode sim ser um belo desenho. Só nos resta esperar e torcer para fazerem um bom trabalho.

Rick and Morty
Rick and Morty

Atualização:

Redshirts de John Scalzi

 

Lower Decks
Capa do Livro de John Scalzi – Redshirts

Depois que lancei o artigo, me lembrei que não falei do ótimo livro de John Scalzi, Reshirts (Camisas Vermelhas). Seria muito bacanase pelo menos pegassem o livro como inspiração para este novo desenho.

Segue a sinopse:

O alferes Andrew Dahl acaba de ser designado para a Nave Capital da União Universal Intrepid, o carro-chefe da União Universal desde o ano de 2456. É uma posição de prestígio, e Andrew está ainda mais empolgado com o laboratório de xenobiologia da nave.

A vida não poderia ser melhor … até Andrew começar a perceber que:
(1) Toda Missão Avançada envolve algum tipo de confronto letal com forças alienígenas.
(2) O capitão da nave, seu chefe de ciências e a bela tenente Kerensky sempre sobrevivem a esses confrontos.
(3) Pelo menos um tripulante de baixa patente é, infelizmente, sempre morto.

Não surpreendentemente, uma grande esforço é feito abaixo do convés para evitar, a todo custo, ser designado para uma Missão Avançada. Então Andrew tropeça em informações que transformam completamente a compreensão dele e de seus colegas sobre o que a nave espacial Intrepid realmente é… e oferece a eles uma chance louca e de alto risco de salvar suas próprias vidas.

Newton Uzeda

Newton Uzeda, o Terceiro de seu Nome, Viajante de muitos Mundos, Sonhador de Fantasia, Leitor de Sci-fi, o Desafiador da Máquina, o Colecionador de Mundos, o "Último dos Renascentistas", Guardião de Histórias e o Questionador de Autoridades.

2 comentários sobre “Jornada nas Estrelas: A Nova Animação

  1. Boa parte do texto destrincha a frase “os desenhos antigos ERAM desenhos infantis”. E é isso mesmo. Quem gosta e tem toda essa nostalgia pelos desenhos antigos é porque gosta deles desde que ainda nem tinha maturidade pra compreender plenamente tudo o que acontecia nos enredos. Desenhos de hoje , se é fato que são voltados exclusivamente ao público infantil, então são ofensivos à inteligência das crianças porque os produtores pensam que crianças de hoje não têm capacidade de se entreter com desenhos com uma temática com um pouco mais de seriedade, o que é um erro. O citado Caverna Do Dragão era um desenho sombrio pros padrões dos anos 80 e é verdade, eu não tinha maturidade nenhuma pra “micro-analisar” toda a carga dramática (era um piá de gosto extremamente superficial) e nem por isso eu me desinteressava do desenho, pelo tão-somente motivo de gostar de ver Vingador, Tiamat e os Orcs em cena (apenas por gostar do visual deles o desenho já me ganhava), entre outros personagens de que gostei. E com o tempo , à medida em que fui ganhando compreensão do que até então não entendia, a experiência de re-assistir o desenho só enriqueceu. Em maior ou menor grau, o mesmo se sucedeu com outros desenhos, que mesmo recheados de ofensas à inteligência (mesmo , pasme , de crianças dos anos 80…) ainda tinham mais esmero em proporcionar heróis com visuais legais do que as produções disformes de hoje.

  2. Li novamente o texto hoje. Sobre os “políticamente-corretos” e seu esforço em proteger a geração “merthiolate-que-não-arde”, duas baixas já conquistaram na literatura: Monteiro Lobato e Mark Twain.

Concorda conosco ou erramos em algo?