Viagem ao Centro da Terra [1959] – Análise
Infelizmente não é todo dia que vemos um bom filme de aventura. E tenho que agradecer por ter escolhido este filme para assistir outro dia. Muitos questionaram, e argumentaram dizendo que temos diversos filmes de aventura hoje em dia, inclusive o remake deste mesmo filme, o Viagem ao Centro da Terra com Brendan Fraser e patota. Filmes como Velozes e Furiosos 14, ou outro remake de um clássico O Dia em que a Terra Parou(The Day The Earth Stood Still).
Este não, Viagem ao Centro da Terra [Journey to the Center of The Earth] é um filme de aventura de primeira categoria! Baseado na excelsa obra de Jules Verne, considerado por muitos o “precursor do gênero de ficção científica“, o filme dirigido por Henry Levin nos transporta fielmente a obra original rumo ao centro da terra! Passando por temas como amizade e traição, amor e romance, cruzando a floresta de cogumelos gigantes, cachoeiras de sal, enchentes subterrâneas, fugindo dos Dimetrodontes até chegarmos ao oceano subterrando que nos levará onde se juntam os polos magnéticos de nosso planeta. Sem esquecer é claro da Cidade perdida de Atlântida, fortemente guardada por um Camaleão gigante com uma língua de 20 metros de comprimento!
Tudo isso me lembrou da teoria da Terra Oca, que nos conta da possibilidade de existência de uma outra civilização no interior da terra, que poderia ser encontrada por uma entrada nas calotas polares, onde existiria uma espécie de oásis no meio da neve. Para saber um pouco mais, entre neste link [AQUI].
Voltando: O filme concorreu a 3 Oscar em 1959, época onde o prêmio ainda significava alguma coisa. Fotografia impecável, efeitos sonoros também. O roteiro de Walter Reisch é impecável, no melhor estilo de roteiros clássicos, com todos os arcos em seus devidos lugares, intercalando entre a aventura e comédia na medida certa; ao contrário dos filmes de hoje, que se transformaram em bobagens infantiloides e insossas.
Falando em comédia, um show a parte e a personagem Gertrude, uma pata! Sim, ela é de longe a grande atração do filme, possuidora de um carisma ímpar e com certeza a integrante do elenco que mais sofreu durante as filmagens. Diversas vezes em que tinha que entrar em cena, ela era arremessada pelo contrarregras (desta vez realmente quebrando as regras de bons tratos com os animais) dentro da cena. Gertrude fez de tudo no filme, mostrando o poder da polivalência dos patos. Andam torto, nadam mal e voam porcamente… mas fazem de tudo, e ainda se dão o direito de serem folgados. Não tem bicho mais folgado que um pato, que nasce rebolando e dizendo : “Cóé Cóé Cóé !” (Adoro essa piadinha!). Grande Gertrude… vou procurar mais filmes com você.
Este texto é antigo, escrito lá em 2010 em um antigo blog de cinema que participava. Estou resgatando alguns que valem um pouco mais a pena. Nada mágico; um tanto pretensioso. Mas vamos lá, o que esperar de alguém cursando faculdade de cinema? Tenham pena do meu eu mais jovem, ele estava aprendendo… o atual também. O texto foi reproduzido praticamente na integra.